segunda-feira, 7 de abril de 2008

terça-feira, 11 de março de 2008

O fim

Este blog chegou ao fim, eu continuo noutro lado, preciso de outro lugar para mim. A partir de agora sou eu, o meu sorriso passa a contar. Já não é desistir, é passar a ser eu, a querer existir. É a minha onda.
Sigo dentro de momentos em http://www.petermary.blogspot.com/

segunda-feira, 10 de março de 2008


Todo o esforço, valentia e vontade...

segunda-feira, 3 de março de 2008


Sinto falta da minha avó. A minha avó foi quem me mostrou o que é o amor, o que é ser incondicional, e que o é sê-lo até ao fim. Ela não era afectuosa, muito pelo contrário, era uma mulher de armas, de força, de uma coragem a toda a prova, mas nos seus gestos notava-se o amor que tinha por quem a rodeava. Muitas vezes na minha vida recorri a esse porto seguro e nunca o vou esquecer. Os seus eram sempre os seus, nunca interessando os disparates que se fizessem.
Partilho com ela muitos traços, as mãos, o mau feitio e suspeito que a teimosia também. Extremamente inteligente, aprendeu a ler, a escrever e a fazer contas sozinha (essa parte não me parece que partilhe) e penso que via muitas coisas à frente do seu tempo. Era o máximo a minha avó.
Passei muito tempo com ela e com o meu avô e sinto falta de falar com ela e com ele, de aprender aqueles pratos que fazia, do cheiro da lareira, de estar lá em casa… de ser apaparicado, até sinto falta da maneira que ela, de um modo muito próprio, trocava o meu nome com o do meu tio e me chamava “Zé”
Podia dizer muitas coisas sobre a minha avó, mas só vou dizer que tenho saudades

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

"...Sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long and, in the end, it's only with yourself."
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeoning of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Eu


Por estes dias, ao ler um blog, dei-me conta do que já tinha andado. Foi de facto muito. No entanto certas coisas que não mudam, continuo a gostar muito de ti. Desde os mais pequenos gestos da tua mão até ao modo como arrebitas o nariz quando te zangas, e como ficas linda quando te zangas, gosto de tudo. A tua voz e o teu sorriso fazem os dias encherem-se de sol e tenho sempre muitas saudades.

Esta coisa de dar um passo de cada vez faz sentido, sinto-me a chegar a algum lado, sei que não sou o mesmo, que cresci. Aprendi muito e espero, mesmo, que olhes para mim e também vejas aquilo que sou e que gostes.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Into the wild

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Acabei de ler um livro, O lado selvagem. Gostei e já fazia tempo que um livro não me dizia tanto. Fez-me pensar muito. Fala sobre uma altura da vida, a maneira de lidar com questões "internas", e sobre como as coisas à vezes podem correr mal, embora tenham estado perto de correr bem... e na verdade diferença entre correrem bem e mal é muito ténue.
Gostei do modo de contar a história mas, para mim, o melhor é o modo como o autor nos leva a fazer uma viagem pela vida de alguém, á procura de respostas que expliquem uma tragédia, e, sem darmos por isso, damo-nos conta que, tal como o autor, andamos à procura de respostas sobre nós proprios. A mim o livro fez-me recordar sentimentos há muito adormecidos. Nem toda a gente encara a vida da mesma maneira.
Também fizeram um filme mas ainda não vi.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Bom dia de S. Valentim fofinha

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A besta


Sempre gostei de estar sozinho, foi assim desde pequeno, como diria alguém "sempre muito na minha". Os motivos pelos quais "isto" acontece? o contar só comigo próprio, o sentimento de autosuficiencia e sei lá mais o quê. Sempre precisei de me afastar durante um tempo e de estar sozinho, antigamente pegava na mota, enchia o deposito, e ia andar por aí sem destino nenhum, agora os tempos mudaram, a minha vida mudou, tenho filhos e uma familia. Lentamente mudei-me, ou tentei mudar, e a "besta" foi arrumada num canto da minha cabeça, mas ficou à espera da sua hora, lentamente foi amordaçada, embora de vez em quando se fizesse sentir, foi ficando cada vez mais silenciosa.


Quando, recentemente, as aguas se agitaram ela acordou, e foi o momento, de um golpe levantou-se e partiu todas a amarras, nessa altura voltei a ter mais uma voz na minha cabeça. Não é a mesma besta do passado, está diferente mais domesticada mas também mais forte, já não grita, mas sinto a mesma vontade de estar na estrada, num caminho qualquer, a caminho de qualquer lado.

Sinto-me bem comigo, coisa que não acontecia faz tempo, mas até isso é estranho. É como se voltasse a aprender a andar. Estou mais calmo, diria que mais confiante, talvez seja de idade. Mas o sangue ainda me corre nas veias... se volto a sentir a "presença" do Artur parto, tenho isso muito claro na minha mente, o impacto é terrivel mas já tomei essa decisão com tempo e com uma calma interior que vem não sei de onde.

Tenho umas saudades monstras da minha avó.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008




“Men go back to the mountains, as they go back to sailing ships at sea, because in the mountains and on the sea they must face up.” - Henry David Thoreau

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008



Woman is a miracle of divine contradictions

Eu, pela parte que me toca, já deixei de tentar perceber, assume-se que são assim, chamar-lhe-ia resignação. Será estupidez minha? vai na volta... confinado à minha condição masculina devo ter uma impossibilidade genética qualquer que me impede lá chegar. Não chego lá mas tenho de viver com isso, isso sim torna tudo mais complicado. É seguir em frente, um dia de cada vez, e sem pensar muito... logo em que tenho a mania de me por a pensar em tudo até fazerem algum sentido, isto representa, de facto, um sério risco à minha sanidade mental.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Flores



A planta que tenho no meu estaminé, e ao contrario do que esperava, não cometeu suicídio devido à minha presença... até floriu. :D






segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Os momentos























domingo, 27 de janeiro de 2008

Sirius III

Fez quase dois anos que não saímos, nesse tempo em que estivemos parados aconteceu muita coisa. Pela minha parte tive a vida feita em cacos e ele não teve melhor sorte. Sujeito aos temporais e à falta de atenção foi-se estragando, fomos-nos estragando, cada um à sua maneira. Na ultima visita saí da doca em lágrimas.
O Sirius era o meu barco, quando o comprei era pouco mais do que destroço irrecuperável. Trabalhei nele durante seis meses todos os fins de semana, todos os feriados e durante mais 15 dias de férias. Durante esse tempo foi completamente refeito. Senti o momento em que entrou na água como uma Vitoria. Não percebia nada de construção naval mas mesmo assim consegui, com a ajuda de muitos amigos lá chegou à água.
O facto de ter chegado à agua não era um fim em si, foi apenas o principio. Não sabia velejar, tudo o que aprendi foi foi por experiência e com o meu barco. Precisava de sentir a sua presença mesmo que não tivesse tempo para andar, era importante saber que podia sair pela barra do Tejo... sonhar que tinha a liberdade seguir em frente até aos mares do sul.
Nunca fomos muito longe, umas quantas viagens de Lisboa até ao Portinho da Arrabia e Setúbal, um regresso com mau tempo que durou uma eternidade, outras tantas regatas.Cada saída era uma aventura, e passamos umas quantas.
Este fim de semana entreguei-o a quem podia cuidar dele melhor do que eu. Estou triste. Foi claramente o melhor, talvez mais para ele do que para mim, e de qualquer forma foi mais um corte com o passado. Mais um passo de um caminho.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

3 Anos


Faz hoje 3 anos que trabalho aqui e nestas funções, foi um tempo em que descobri, e aprendi, muita coisa e em que fiz muitos erros mas, talvez por isso mesmo, acho que aprendi muito. Nunca fui, nem acho que seja, alguém muito sociável… alguns dos meus “Insubordinados” chamam-me mesmo bicho. Este tempo passado aqui contribuiu para ficar com uma visão ainda mais “House” do mundo… a outra face da moeda é que de vez em quando conheço alguém com quem gosto de falar, ou de trabalhar, aprecio-a de um modo muito especial.

De qualquer modo olho cada vez mais para o futuro e cada vez mais acho que o meu não passa por aqui. Nunca se sabe o dia de amanhã mas os meus passos apontam, cada vez mais, para longe daqui.

Por falar em apreciar momentos, passou por aqui alguém um dia destes que me deixou um sorriso, soube bem, sou alguém que gosta muito de sorrisos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Tenho ideia de que o tipo ainda “existe”, sinto-o nos ossos. Faz parte de um círculo de amigos. Nada a fazer, tenho de viver com isso, e nada a dizer porque até ja disse demais. O estranho é que vivo com isso, sim consigo viver e é estranho. Não é que não me importe, aconteceu muita coisa para não me importar, vivo com isso mas sinto que cria uma distancia, uma pequena distancia mas que é muito profunda, como se fosse uma ravina com tendência a crescer. Esfregam-se os olhos e daí a nada já não se vê o outro lado…
Mesmo com "isto" vou vivendo os dias com calma, calma interior, chamar-lhe-ia serenidade, mas sinto que este é um "tempo" emprestado. Uma calmaria entre duas tempestades. Cá dentro sinto-me bem mais forte e da próxima vez que tiver de atravessar uma borrasca destas iço as velas e atravesso-a depressa. Nada de esperar que passe, é apontar a proa e seguir em frente.
No fim uma uma lagoa abrigada, com praias de areia branca e aguas calmas, há-de ser o meu destino.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Santa Maria

Li uma parte de um livro que dizia que uma pessoa volta sempre aos locais de infância. Este lugares, com os seus cheiros, sons e luz própria vivem dentro das pessoas e às vezes sonhamos com eles.
No meu caso sonho muitas vezes que volto à Ilha de Faro, foi lá que passei das melhores férias que tive. É recorrente passar por lá durante o meu sono. O desejo de voltar foi sempre muito grande, embora houvesse a possibilidade de passar lá férias nunca era a mesma coisa ser no meio de outras casas, faltava a liberdade e a ausência de vizinhos.
Durante a "tempestade" surgiu a ideia, a necessidade... sei lá. Foi maturando e esperou o seu tempo e, na altura certa, materializou-se naquilo que vai ser o Santa Maria. É lá que vamos passar, pelo menos, uma semana longe do mundo, perdidos entre o mar e a areia os pequenos vão sentir o que é a liberdade que o mar encerra, vão descobrir os lugares por onde andei quando era da idade deles e que marcaram de forma tão vincada.
Vou viver intensamente todos os segundos desta grande aventura e estou certo que eles também.
Está quase a chegar.

Ver mapa maior

terça-feira, 15 de janeiro de 2008


A estrada está agora mais aberta, sinto-me muito diferente, passei a ter mais respeito por mim, por quem sou, ou quero ser. As coisas mudam devagar, mas mudam, e o meu mundo está diferente.

Cortei muitas das amarras que prendiam ao passado, quando olho para a estrada já vejo um caminho diferente, com espaço para correr.


Tem acontecido tanta coisa que até me é dificil pensar em todo o que já percorri até chegar aqui, como acontece a quem passa por viver os medos deixei de os ter. As coisas são o que tiverem de ser e o futuro será o que tiver ser.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008



Só sei que amar é querer-me a mim

E querer-me a mim dá-me o poder

De inventar, de conseguir

Atravessar um grande rio

Entre o voltar e o partir

Estranha vontade de amar

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Afonso



Hoje o campeão mais velho faz anos, ainda ontem era um bébé pequenino hoje ja faz tantas e tantas coisas. Continua fofo e carinhoso, sempre que me dá um abraço, e um daqueles beijinhos, e me chama pápá leva-me às lagrimas. Aquele sorriso e aquela alegria que emana contagia e faz-me ser feliz, obrigado meu amor.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008


“O pirata é um homem descontente. O espaço que lhe consentem a sociedade ou os deuses parece-lhe exíguo, nauseabundo, desconfortável. Sujeita-se por uns anos e depois diz “estou farto” e recusa-se ao jogo. Arruma a trouxa, desce das montanhas da Capadócia, da Escócia ou da Noruega e dirige-se para a costa. Captura um barco ou emprega-se ao serviço de um pirata e ala que se faz tarde!... lança-se ao mar.
Mas há muitos homens descontentes e nem todos seguem no barco. A maior parte fica a mandriar nas suas quintas, tugúrios ou residências secundárias. É a espécie a que todos nós pertencemos: mole, insípida, invejosa e com pouca imaginação.”

“Os Piratas” Gilles Lapouge De algum modo é assim, apetecia-me…durante toda esta tempestade houve três âncoras que me seguram firmemente onde estou, e ainda cá estou. Mas havemos de ter um barco e havemos de ir todos por esse mar fora… piratear.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

2008

2008 está aí, cheio de promessas, de vontade e, sobretudo, de querer. É urgente ser feliz. Cá dentro preciso ultrapassar TUDO o que aconteceu nos últimos seis meses. Não é nada fácil, às vezes desespero, mas continuo em frente.
Tenho “renovado” muitas coisas à minha volta, tenho olhado para as pessoas e para as minhas relações e vou questionando tudo continuamente até olhar para tudo de uma maneira diferente, diria que de um modo mais pratico. Estou mais objectivo mas ainda preciso de olhar para mim de outro modo, é necessário aplicar esta objectividade a mim próprio e ultrapassar todas as inseguranças que estes últimos meses trouxeram.
Tem sido quase sempre uma tempestade mas, a espaços, tenho tentado fazer um rumo. Não há outra escolha.
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