
“O pirata é um homem descontente. O espaço que lhe consentem a sociedade ou os deuses parece-lhe exíguo, nauseabundo, desconfortável. Sujeita-se por uns anos e depois diz “estou farto” e recusa-se ao jogo. Arruma a trouxa, desce das montanhas da Capadócia, da Escócia ou da Noruega e dirige-se para a costa. Captura um barco ou emprega-se ao serviço de um pirata e ala que se faz tarde!... lança-se ao mar.
Mas há muitos homens descontentes e nem todos seguem no barco. A maior parte fica a mandriar nas suas quintas, tugúrios ou residências secundárias. É a espécie a que todos nós pertencemos: mole, insípida, invejosa e com pouca imaginação.”
“Os Piratas” Gilles Lapouge

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